Na contemporaneidade, caracterizada pelo avanço tecnológico e uma constante evolução nos meios de comunicação, é essencial refletir sobre as estratégias mais eficazes para disseminar o evangelho, utilizando-se dessas ferramentas modernas sem, contudo, comprometer a integridade da mensagem de Cristo.

Diversas denominações cristãs incorporam elementos teatrais em suas práticas para comunicar a mensagem do evangelho. Contudo, surge uma questão crucial: até que ponto podemos empregar esses recursos, tradicionalmente considerados seculares, sem que a essência da mensagem seja afetada? A realidade é que, se as encenações e representações forem empregadas de forma a atrair as pessoas para mais perto de Cristo, seu uso é justificável.

A utilização de simbolismos e ilustrações é, de fato, uma prática bíblica, contanto que se mantenha fiel ao contexto original. A Bíblia está repleta de exemplos em que tais recursos foram utilizados para facilitar a compreensão dos ensinamentos divinos:

• Para ilustrar o plano da salvação, Deus estabeleceu o santuário terrestre, que simbolizava o santuário celestial. Neste contexto, figuravam elementos como o sacerdote, que representava Cristo nos rituais sacrifícios.

• Cristo frequentemente recorria a parábolas para explicar o Reino de Deus ao povo. Essas parábolas são, em essência, ilustrações que ajudam na compreensão de conceitos complexos.

Portanto, ao utilizarmos representações teatrais com o objetivo de propagar o evangelho, o uso é considerado legítimo, desde que respeite e preserve o significado original das escrituras sagradas.